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30 anos de Mercosul


Trazendo o Mercosul aos tempos atuais, ao bloco completa 30 anos em 2021 e esse está passando pela sua pior fase, com as extremas diminuições das trocas comerciais e o afastamento político e econômico entre os países e principalmente do líder, o Brasil.

Entretanto, o bloco já passou pela sua época dourada . Sua principal característica, por ser uma união aduaneira, é a diminuição ou eliminação das barreiras nas tarifas do comercio de bens. Exemplifica-se isso no ano de 1995, quando 90% das mercadorias produzidas pelos membros obtiveram a eliminação de importação tarifaria. Também o comércio aumentou, impactando positivamente nas empresas e consumidores. As negociações com outros blocos e potências e o setor de turismo foram extremamente beneficiados .



Porém, como citado anteriormente, a realidade atual do Mercosul não é uma das melhores. Primeiramente, deve-se entender que, desde sua criação, o bloco passa por conflitos internos (econômicos e políticos). Por exemplo, a união entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, em 1998, resultou no Tratado de Uchuaia, que estabelece o compromisso dos países do bloco com a democracia e leis representativas, como as eleições diretas para o presidencialismo. Por conta desse tratado o Paraguai foi suspenso do bloco em 2012, já que praticou um golpe inaceitável no seu sistema presidencialista. A suspensão do Paraguai permitiu a entrada da Venezuela no mesmo ano pois garantiu o apoio unânime à entrada deste país.

Ademais, no ano de 2014, o Paraguai retorna as atividades no bloco. Entretanto, pelo não cumprimento de regras e acordos, além da ruptura com a ordem democrática, a Venezuela foi suspensa do bloco em 2016, sendo impedida de realizar as trocas comerciais com os outros países membros. N este ano, em 2021, o Mercosul passou a aplicar medidas que podem levar a expulsão desse país do bloco. Percebe-se que, internamente, o bloco tem seus conflitos. Ao suspender ou cogitar a expulsão de países integrantes, diminui-se a integração e a parceria entre as nações do bloco.

Retomando ao tempo atual, o Mercosul possui vários desafios a serem enfrentados, como a adesão da Bolívia desde 2012, em que o Congresso brasileiro é o único que ainda não aprovou o determinado ingresso do país vizinho. Ressalta-se, também, o acordo entre Mercosul e União Europeia que se iniciou em 2019, sendo aprovado e publicado em 2021, e com as assinaturas previstas para 2022. Porém, segundo o economista Luciano Wexell Severo, o acordo não é favorável ao bloco Mercosul, pelo fato de que seus produtos industriais não se equiparam aos da União Europeia, fazendo que produtos europeus dominem o mercado nacional dos países membros do outro bloco. Ademais, os produtos primários que poderiam ajudar na situação das nações, como o Brasil, estão extremamente longe de acabar com o protecionismo histórico dos produtores europeus. Além de que, o Uruguai, passou a tentar o direito de negociação individual com o mundo (, atualmente, com a China), deixando o Mercosul de lado, enfraquecendo ainda mais o bloco. a China), deixando o Mercosul de lado, enfraquecendo ainda mais o bloco.



Na questão ambiental , problemas também estão acontecendo, pois, com as novas eleições na Alemanha, com o novo governo tendo como prioridade essa questão, acaba afastando as relações alemãs com o Mercosul, principalmente com o Brasil, pelo fato do desmatamento da Amazônia.

O Mercosul tem tudo para alcançar o posto de uma OPEP * da soja na América do Sul , porém, não está havendo resiliência entre os países , ficando de lado num dos blocos que poderiam representar uma grande potência e. A assim, todos os países membros tendem a perder.


*OPEP:A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep),fundada em setembro de 1960, em Bagdá, Iraque. É uma organização que administra as negociações em relação ao petróleo e sua exploração, produção e exportação/importação internacionalmente. Os membros atuam de forma conjunta para que assim, se estabeleça um controle dos preços de barris de petróleo a fim de promover a competitividade e estabilidade no mercado petrolífero. Estados-membros: Angola, Argélia, Líbia, Nigéria, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Irão, Iraque, Kuwait, Qatar, Equador e Venezuela.



Tayná Carlos

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